Alimentação

BOA ALIMENTAÇÃO CANINA

- Do ponto de vista científico, os cães são considerados carnívoros, assim como os seus primos selvagens e antepassados, os lobos. Mas em termos de comportamento, tanto os lobos como os cães são omnívoros. Os carnívoros alimentam-se exclusivamente de carne, enquanto os omnívoros comem praticamente de tudo. Os lobos e os cães são oportunistas, comem qualquer coisa que lhes apareça à frente. É comum vê-los a provar de tudo o que cresce no quintal -morangos, tomates, melancias, abacates, feijão verde e muito mais. Por essa razão é que viram os caixotes do lixo e comem as coisas mais nojentas (para nós). Para o cão, essas porcarias são um petisco! Mas lá por o seu cão ser capaz de comer uma enorme variedade de coisas, como faziam os seus antepassados, não quer dizer que todas elas sejam saudáveis para ele.
- Uma boa alimentação inclui vários componentes muito importantes, e todos devem estar presentes na dieta canina. Sempre que falte um ou mais desses componentes, a saúde do seu cão é que sofre.
- Todos os tipos de comida para cães, que indicam no rótulo: ."Alimento equilibrado e completo", contêm todos os componentes necessários a uma boa saúde. No entanto, nem todos os alimentos para cães são iguais. Leia os rótulos com atenção. Que percentagem de proteínas contêm? E de gordura ou de hidratos de carbono? Quais são os ingredientes? Será a carne o ingrediente predominante?
- Esperemos que sim! Afinal, o seu cão alimenta-se essencialmente de carne. Quase todas as marcas de comida para cao tem uma linha de informação ao consumidor. Se tiver dúvidas, não hesite em contactá-la.
- Tenha uma coisa em atenção ao comprar comida para cão: existe com frequência urna relação qualidade-preço. Os alimentos mais baratos usam provavelmente os ingredientes mais baratos, ou seja, a carne menos nutritiva, os cereais mais pobres e os aditivos mais baratos.
Os mais caros usam quase de certeza melhores ingredientes.
Que diferença é que isso faz ao seu cão? Bom, em primeiro lugar, a, saúde ressente-se. Um cão alimentado com comida de fraca qualidade tem mais probabilidades de sofrer de malnutrição, mesmo se comer muito. Se você poupar na comida, pode vir a gastar mais tarde no veterinário! Além do mais, uma comida de melhor qualidade rende muito mais que uma barata, porque a primeira contêm mais nutrientes úteis. Quando se trata de comida de cão, o barato sai caro!

ALIMENTAÇÃO VARIADA

- Encontramos comida para cão nas mais diversas formas. A mais comum é a mistura seca. Os cereais são a base deste alimento, que também inclui carme e outros ingredientes.
E mais barata que os outros tipos, pode guardar-se durante muito tempo e a maioria dos cães come-a sem problemas. Este tipo de comida ajuda-o ainda a manter os dentes limpos, graças à mastigação.
- A comida enlatada é à base de carne, podendo conter outros ingredientes ou não. Todos os cães gostam desta comida - especialmente pela sua percentagem de carne e por ser tão suculenta - e é irresistível mesmo para os cães mais esquisitos. É uma comida muito húmida, por vezes com mais de oitenta por cento de água. Também é mais cara que a comida seca, se compararmos o nível nutritivo. Além disso, uma dieta de comida enlatada pode contribuir para que os dentes do cão fiquem cheios de tártaro.
- A comida mista tem mais humidade que a comida seca e menos percentagem de água que a enlatada. Mas devido ao seu elevado teor de açúcar e sal, não é uma boa escolha. Opte por uma dieta combinada de comida seca e uma pequena quantidade de comida enlatada, para variar um pouco. Não o leva à falência e o seu cão fica satisfeito.
 

 

QUANDO, ONDE E EM QUE QUANTIDADE?

- A maioria dos cachorrinhos deve ser alimentada duas vezes por dia, de manhã e à noite. Quando o cão tiver entre seis e sete meses de idade, pode começar a preferir comer a uma certa altura do dia; quando assim for, pode aumentar a quantidade de comida nessa altura, e diminuí-la à outra refeição. A maioria dos cães adultos comem uma refeição mais reforçada uma vez por dia (de manhã, por exemplo) e uma mais leve à noite. Não lhe dê comida só uma vez por dia, porque um cão esfomeado é capaz de roubar comida da cozinha ou de assaltar os caixotes do lixo. A maioria dos veterinários também aconselha duas refeições diárias.
- Dê de comer ao seu cão num sítio calmo onde ninguém o incomode. Não o faça na cozinha enquanto prepara a refeição familiar, porque há muita agitação. Se ele sentir que a sua comida está ameaçada, põe-se de guarda, a rosnar e pode até morder. Há cães que se distraem com toda a actividade e não comem como deviam. Dê-lhe de comer quando estiver tudo calmo, para que ele se mantenha mais sossegado.
- A quantidade depende de muito da idade, tamanho, raça e nível de actividade do seu cão. Cachorrinhos jovens, em crescimento precisam de mais comida que cão adultos de tamanho médio. Por outro lado, um Yokshire Terrier, pequeno, rápido e muito enérgico é capaz de precisar proporcionalmente) de mais comida do que um Grand Danois, uma raça enorme, mas calma e pachorrenta. As comidas para ter indicações, no rótulo, quanto ao doseamento correcto. Siga as instruções e a e pouco, de acordo com as necessidades do seu cão. Se ele começar a engordar, diminua a quantidade. Se começar a perder peso (quando não o devia), aumente as quantidades. Esteja atento ao seu cão e acerte a quantidade de comida de acordo com a sua saúde, peso, e nível de actividade. O seu veterinário pode dar-lhe uma ajuda valiosa nesta área.

 

 

A NOSSA COMIDA SERÁ BOA PARA O CÃO?

- Regra geral, alimente o seu cão com comida para cães. Tudo o que lhe acrescentar à dieta pode perturmar o seu equilíbrio nutricional. Por exemplo, se a
comida tem o teor adequado de cálcio e lhe adiciona um alimento rico em fósforo, pode prejudicar a absorção de cálcio no organismo do cão. Isto pode causar problemas vários: raquitismo, crescimento lento ou deficiente e dificuldade na cicatrização das feridas.
- Dar da nossa comida ao cão, especialmente se o fizermos durante as nossas refeições, pode levar a problemas comportamentais -o cão aprende a
pedinchar e até a roubar comida. Nunca o deixe andar por debaixo da mesa durante as refeições e proíba as crianças de lhe dar comida às escondidas. Algo que começa com olhares suplicantes pode rapidamente tornar -se uma verdadeira pilhagem!
- No entanto, por vezes, a nossa comida também dá jeitó. Se precisar de dar medicamentos ao cão, é fácil esconder um comprimido num pedaço
de queijo ou salsicha. Por isso, sirva-se da nossa comida só nessas ocasiões, e assegure-se de que usa pouca quantidade para não desequilibrar a dieta do cão.
- Alguma da nossa comida é adequada para o cão e pode ser usada como suplemento. Por exemplo, o iogurte é recomendado a cães que foram tratados com antibióticos, porque estes, ao mesmo tempo que destroem as bactérias da doença, destroem também a cultura bacteriana dos intestinos do cão. O iogurte, com lactobacilos activos, ajuda a recuperar as bactérias essenciais ao metabolismo do animal.
 

 

Guloseimas para o seu cão

Aquilo que se aplica à nossa comida, aplica-se igualmente à do seu cão. As guloseimas sào um extra e podem prejudicar-lhe o equiliôrio alimentar. Para além disso, muitas guloseimas comerciais costumam ter um elevado teor de açúcar e sal, tornando-se pouco recomendáveis. Guloseimas a mais podem tomar um cão obeso!
- Por vezes, as guloseimas dão muito jeito, em especial durante o período de treino. Uma guloseima é urna motivação excelente! Para estas ocasiões, procure as melhores do ponto de vista nutritivo. Devem ter pouco teor de açúcar, sal e conservantes artificiais. Escolha as que constituam um bom alimento e reserve-as para momentos especiais e para treinar o seu cão.
 

 

Suplementos

Um suplemento é, por definição, tudo aquilo que se adiciona à alimentação do seu cão. Pode ser iogurte, como disse anteriormente, ou comprimidos multivitamínicos e de sais minerais. A maioria das comidas para cães costuma definir-se como "nutritivamente completa", pelo que os suplementos não deveriam ser necessários. Mas, como também já referi, nem todos os produtos sào iguais. Um suplemento administrado com peso
e medida -de forma a não interferir no equilíbrio nutricional da alimentação -não prejudicará a saúde do seu cão.
 

 

ALGUNS SUPLEMENTOS IMPORTANTES:

.Um suplemento multivitamínico e de sais minerais deve incluir todas as vitaminas e minerais, incluindo cálcio e zinco.
.O iogurte combate a indigestão e a flatulência, sendo também rico em aminoácidos.
.A levedura de cerveja, que combate as pulgas (embora não sendo a melhor escolha para resolver o problema), é também muito nutritiva.
.O caldo de galinha, muito nutritivo, torna a comida seca mais apetitosa para o cão.

A ÁGUA

- A água é o componente alimentar mais importante para a sobrevivência. O seu consumo diário deve compensar a contínua perda de líquidos que pressupõem a eliminação de urina e de fezes e do vapor de água durante a respiração. O animal extrai a quantidade de água de que necessita dos alimentos, da água bebida e da
água metabólica (isto é, produzida pelo organismo em consequência dos processos de oxidação das substâncias nutrientes).
- O consumo de água de um exemplar varia segundo o tipo de dieta (os alimentos secos contêm 7% de humidade e os enlatados até 80%), a temperatura ambiente, a intensidade da actividade física e o estado fisiológico e sanitário do cão.
- Os animais variam a quantidade de água que bebem para corrigir a sua própria oscilação hídrica. Em todos os carni voros, por exemplo,     não é ao suar que se inicia a descida da temperatura corporal, mas ao aumentar a frequência respiratória que o organismo inteiro arrefece.

 

FOME ESPECIFICA e HÁBITO DE ROER DOS CÃES

O organismo dos animais em geral e dos cães em particular, quando privados em sua alimentação de algum elemento dietético necessário ao seu bom desenvolvimento corporal (físico), faz com esses animais procurem na natureza aquilo que lhes esta a faltar na alimentação. Quando lhes faltam por exemplo: Cálcio ou Fósforo - comem terra, lambem parede, ou objectos de barro como moringas, potes, etc. É essa a chamada fome específica, não mais presente entre nós humanos (perdemos essa característica pela nossa chamada Civilização), porém, entre os animais ela e evidente e facilmente comprovada. Uma boa alimentação deve conter todos os elementos necessários ao desenvolvimento harmônico do corpo do animal, e em geral uma ração balanceada de boa qualidade contem todo o necessário.

Devido o rápido desenvolvimento corporal dos cães, bastando para realçar esse facto citar-se que um cão atinge seu completo desenvolvimento e maturidade com apenas 1 e meio a dois anos, torna necessário portanto, que os cães sejam alimentados de forma intensiva, principalmente em sua primeira infância (do nascimento ate os 4 meses de idade), e que essa alimentação seja balanceada (contenha todos os elementos necessários, tais como sais minerais, aminoacidos (proteínas), essenciais, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e micro-elementos em geral). Resumindo, a ração (comida), além de completa em seus constituintes deve ser também na quantidade necessária (nem excessiva que possa causar obesidade, nem insuficiente que venha causar outros malefícios decorrentes.

Esse preambulo foi necessário, a fim de ser entendido no que procurarei agora explicar, quanto ao fato da maioria dos filhotes cães, apresentarem esse habito de roerem objetos que lhes estejam ao alcance, como sapatos, chinelos, pés de mesa, brinquedos de crianças que lhes sejam acessíveis, etc.

 

HABITO DE ROER:

Surge as vezes quando o cão é recém desmamado (30 a 45 dias de idade), e nesses casos duas razões são as determinantes:

Ou a alimentação esta incompleta em seus constituintes, ou a sua quantidade é insuficiente.

Alguma doença concomitante, como verminose, que está a determinar como participarão pelos vermes contidos em seu aparelho digestivo na sua alimentação. Em alguns casos, muito especiais, pode existir alguma causa orgânica ou fisiológica, que esteja a impedir a perfeita assimilação do alimento, que embora sendo servido ao animal, este ano tem capacidade para sua assimilação e aproveitamento para seu desenvolvimento.

No primeiro caso anterior, basta corrigir o que estiver errado na alimentação, ou substituindo a qualidade da ração ou sua quantidade. Já no segundo, o tratamento para correcção desse hábito, basta ser administrado o vermífugo indicado, quando a causa seja uma verminose, ou tratamento da moléstia nos caso. Por ocasião da muda da dentição de leite pela permanente, ocorre frequentemente também esse hábito de roer, motivado pela irritação causada às gengivas pelos novos dentes aflorando e empurrando os dentes de leite. Recomenda-se em todos os casos, prévio exame parasitológico de fezes, para saber-se as espécies de vermes que estejam parasitando o animal, afim de possibilitar a administração do vermífugo que melhor se preste para tal verme parasita.

O habito de roer, aparece na maioria dos casos, por ocasião da muda dos dentes (entre 3 meses e meio até 6 meses de idade, variável conforme a arca do animal). Os dentes da dentição definitiva nos cães, que estão para vir substituir a primeira dentição (chamada de leite), ao irromperem na gengiva provocam dor e forte necessidade do cão morder, e para isso e necessário algum objeto duro, motivo pelo qual os cães nessa idade procuram alguma coisa para isso, e habitando nossas casas , serão os objectos que lhes estejam acessíveis, tais como nossos chinelos, pés de mesa, etc !!! O que fazer nesse caso? Simplesmente fornecendo-lhes algo de consistência dura e firme, como um osso ou mesmo algum objecto de borracha, como fazemos com nossos bebes nessa fase, dando-lhes chupetas ou o clássico anel de borracha para ser mordido.

Recomenda-se portanto aos proprietários de cães duas coisas:

- Observação de como o habito se instalou e as possíveis causas determinantes (alimentação, muda de dentes?)

Quais os alimentos (ração) dados ao animal? E suas quantidades nas diferentes épocas de seu desenvolvimento?

Com essas informações um Veterinário competente tem os meios para o diagnóstico da causa, e correção (quando possível) do vicio.

 

in https://www.caotinhodolabrador.com/